Queria ser astronauta quando era criança e, depois, passei a desejar ter experiências semelhantes, como saltar de paraquedas, voar de parapente, asa delta e ultraleve. No início de 2011, uma irmã minha tirou férias e me enviou um e-mail dizendo que deu um mergulho submarino e que o próximo sonho que tentaria realizar seria saltar de paraquedas, o que me fez perceber que tudo que eu precisava para fazer esses voos era dinheiro e uma pessoa que tivesse disposição e capacidade para me acompanhar. Em seguida, conversei com meu irmão, que imediatamente se prontificou a me ajudar. Enquanto estava tomando as providências para o salto de paraquedas, muita gente ficou horrorizada, me chamou de doido, suicida, etc – minha reação era rir e até gargalhar –, mas não é tão incomum quanto se imagina essas coisas serem feitas por pessoas com deficiência e mesmo com paralisia cerebral. O único problema sério que tive foi que precisava ir a João Pessoa para fazê-los, Recife não tinha esses esportes radicais, situação que mudou depois. Meu primeiro salto foi em janeiro de 2012 e, em novembro do mesmo ano, foi o voo de parapente. Em julho de 2014, dei o segundo salto, para o qual foram necessária quatro tentativas, na primeira já estava voando quando o controle de tráfego aéreo informou que a documentação do avião estava irregular e tivemos que pousar – foi inacreditável! Ao marcar o salto em pleno inverno, não acreditava que a chuva o permitiria – foi um tiro na Lua! De última hora o carro do meu irmão deu defeito e tive de gastar um dinheirão para ir e voltar de táxi. Gosto de aventura, adrenalina e quero viver o mais intensamente possível!